domingo, 29 de maio de 2011

D.

Eu sinto saudade dela. Daquele teu sorriso timido, do teu jeito distante. Sinto falta da tua voz abafada por tuas mãos. Sinto falta das tuas fugas quando alguém chegava onde estávamos. Sinto falta de andar pela rua e te ver chegando com sua velha bolsinha laranja com seus pincéis de pintura de tela. Sinto falta de te levar em casa todos os dias e me conter em não pegar em suas mãos e não lhe dar um beijo de despedida. Sinto falta do teu jeito desengonçado de se arrumar, das reclamações do teu cabelo dourado. Sinto falta de teus olhos verdes e cansados. Sinto falta dos encontros numa Lan House qualquer, do encontros no trabalho.
Sinto falta de você, de uma garota que não desisti e muito menos tentei. Sinto falta do que estava pra acontecer.

segunda-feira, 2 de maio de 2011


As vezes me sinto presa a um mundo do qual eu não pertenço. Me sinto caminhando num escuro onde só eu posso sentir, onde só eu ouço e vejo. As vezes sinto que não posso sair, não posso te  abraçar, estou proibida de mergulhar em seu olhar. Me sinto a beira de um  abismo, prestes a cair. E o que ainda me mantém aqui ? o que ainda prende meus pés nessa borda?
Você.
Porque em meio de toda essa escuridão, essa prisão, eu ainda posso ouvir sua voz chamar meu nome, pedindo pra eu ficar. Você está ali do meu lado mais você é a unica coisa que eu não consigo sentir, não consigo ver.
Até quando? Todas as horas, dias que passam, eu anseio pelo teu toque, pelo teu olhar. O que eu não tenho e jamais terei. Porque talvez você não exista, talvez o amor não resista a essa escuridão. A essa prisão.