terça-feira, 20 de setembro de 2011

Como que aconteceu isso? como é que a gente chegou á esse tal ponto?
Um ponto em que não nos reconhecemos mais, um ponto em que não nos olhamos mais. Um ponto. Um ponto que tem mais dois pontos para se caminhar e enfim chegar ao fim. Não quero esses pontos. Não quero nenhum ponto. Aliás, eu quero... Eu quero o ponto do "Eu te amo" e ponto, do "Sou sua" e ponto, do "Não te deixarei" e ponto. Eu quero esses pontos. Eu quero o ponto do teu nome e ponto. Eu quero. Eu quero você comigo e ponto.Eu quero amar você e ponto.
Não quero mais chegar cedo. Não quero chegar cedo pra não ver tua cara emburrada, teus olhar raivoso, teu andar irado. Não quero chegar cedo pra esperar um oi, um sorriso aberto e só receber um bico de mágoa. Não quero mais chegar cedo. Não quero mais chegar cedo porque antes eu chegava cedo pelo teu sorriso, pelo teus olhos brilhantes ao me ver, pelo teu sorriso aberto e pelo teu "olá" animado. Não quero mais chegar cedo porque antes eu chegava cedo para limpar tua roupa suja de giz, tua camisa suja de maquilagem. Antes eu chegava cedo para desamassar tua roupa amassada. Não quero mais chegar cedo. Não quero mais chegar cedo para não ter que te procurar pelo longos corredores daquele lugar e não te achar. Não vou chegar mais cedo. Não quero descobrir que te perdi.


Toda vez que eu chego eu espero você chamar pelo meu nome. 
Toda vez que eu chego eu espero pelo seu perdão. 
Eu espero pelo teu sorriso e imploro pelo teu olhar. É que toda vez que eu chego eu espero você chegar, eu espero você me encontrar. Só que toda vez que eu chego eu sempre esqueço de que você nunca vai voltar.

 É que dói. Ás vezes parece que a dor passou, que a ferida enfim cicatrizou e você finalmente saiu de mim. Mais dói, ainda dói. Só de você sorrir, me olhar… só de você falar já dói.

sábado, 11 de junho de 2011

Resolvi sair.
Resolvi ver como está o mundo lá fora.
Peguei um dinheiro, me arrumei e fui eu e meu ipod, entrei num trem e fui.
Alí no trem eu ficava olhando em volta (apesar da insegurança, fazia meses que eu não utilizava algum transporte público), fitei na expressão do rosto de cada pessoa. Ví pessoas preocupadas, tristes, descontraídas, alegres e inseguras. Mais o que mais me chamou atenção foi uma garota loira, bem vestida e preocupada.
A todo momento a garota olhava para uma certa aliança prata e logo em seguida olhava para o celular, desanimada olhava a janela. Até que certo momento ví o olhos da menina cheios de lágrimas, ela levou a mão até seu rosto e passava a aliança nas linhas do rosto. Até que uma lágrima escapou e a menina rapidamente secou os olhos e nada mais dali saiu.
Eu queria bem acompanhar aquela menina pra ver no que ia dar isso, porque eu inventei historinhas; terminou com o namorado, vai encontrar o namorado em breve, brigas com o namorado, saudade... não sei ao certo, mais bem que eu queria saber. Quando eu saí eu fui até a casa de uma amiga e fiquei aérea pensando na garota da aliança, voltei pra casa e ainda estava pensando na garota. Inventei vários finais para aquela tarde, mais o final que eu fiz e que me deixou mais preocupada até com o que estou sentindo foi; Ela encontraria o namorado, pularia em seus braços e o beijaria, ele simplesmente a segurava, beijava, tirava a sua aliança do dedo e entregava para ela, saía e nunca mais voltava.
Foi o único final que eu fiz, e que lembro de cada detalhe.

domingo, 29 de maio de 2011

D.

Eu sinto saudade dela. Daquele teu sorriso timido, do teu jeito distante. Sinto falta da tua voz abafada por tuas mãos. Sinto falta das tuas fugas quando alguém chegava onde estávamos. Sinto falta de andar pela rua e te ver chegando com sua velha bolsinha laranja com seus pincéis de pintura de tela. Sinto falta de te levar em casa todos os dias e me conter em não pegar em suas mãos e não lhe dar um beijo de despedida. Sinto falta do teu jeito desengonçado de se arrumar, das reclamações do teu cabelo dourado. Sinto falta de teus olhos verdes e cansados. Sinto falta dos encontros numa Lan House qualquer, do encontros no trabalho.
Sinto falta de você, de uma garota que não desisti e muito menos tentei. Sinto falta do que estava pra acontecer.

segunda-feira, 2 de maio de 2011


As vezes me sinto presa a um mundo do qual eu não pertenço. Me sinto caminhando num escuro onde só eu posso sentir, onde só eu ouço e vejo. As vezes sinto que não posso sair, não posso te  abraçar, estou proibida de mergulhar em seu olhar. Me sinto a beira de um  abismo, prestes a cair. E o que ainda me mantém aqui ? o que ainda prende meus pés nessa borda?
Você.
Porque em meio de toda essa escuridão, essa prisão, eu ainda posso ouvir sua voz chamar meu nome, pedindo pra eu ficar. Você está ali do meu lado mais você é a unica coisa que eu não consigo sentir, não consigo ver.
Até quando? Todas as horas, dias que passam, eu anseio pelo teu toque, pelo teu olhar. O que eu não tenho e jamais terei. Porque talvez você não exista, talvez o amor não resista a essa escuridão. A essa prisão.